A limitação do fornecimento de ração animal e vacinas, falta de pintos adequados para a produção de frango e ovos são apontados pelos produtores nacionais como as principais dificuldades para manter a avicultura activa no país, afirmou, este sábado, em Ndalatando, o consultor do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC), Honoré Cassinda.
Honoré Cassinda, que falava no encontro público/privado sobre a Cadeia de Valor de Ovos e Frango, que juntou os produtores e técnicos do Ministério da Agricultura e Florestas, disse que os níveis de produção avícola baixaram consideravelmente no país.
" A reversão dessa situação não depende só do apoio do Executivo às pequenas e médias empresas, mas, também do fomento da fabricação de ração e a aquisição de vacinas por parte dos agentes privados a preços razoáveis”, apontou o consultor.
No encontro, realizado no anfiteatro do Instituto Técnico Agrário (ITA) de Camuaxi, em Ndalatando, serviu para avaliar a produção de frango na Região Norte e traçar as bases fundamentais para vencer as dificuldades que o sector enfrenta.
O responsável da empresa agropecuária Vina Bar, Francisco de Barros, sublinhou que os produtores deixaram de comprar ração na província, por falta de fábricas, adquirindo-a nos mercados de Luanda e Waco Kungo a preços elevados, sobretudo pela pressão da escassez.
Francisco de Barros explicou que gasta cerca de 100 mil kwanzas por ano na compra de vacinas, com a ração a absorver gastos de cerca de sete milhões de kwanzas por ano. "Na altura em que havia ração em quantidade, chegámos a produzir cerca de seis mil frangos em dois meses e 700 ovos dia”, disse.