O papel do Fundo de Garantia de Crédito (FGC) na promoção do acesso ao financiamento e no fortalecimento da economia angolana foi destacado por vários intervenientes do XIII Fórum de Economia e Finanças da Associação Angolana de Bancos (ABANC), organizado, nesta terça-feira, 19, em Luanda.
No referido encontro, em que o FGC esteve representado pela Administradora para Área Administrativa e Financeira, Efigénia Mpengo, e pelo Director do Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração, Gilvane Baltazar.
Durante a sua intervenção, o Administrador Executivo do INAPEM, Bráulio Augusto, enfatizou que a criação do FGC representa uma das inovações mais significativas do Executivo angolano para a melhoria do ambiente de crédito, oferecendo uma “almofada” de segurança tanto para empresas quanto para os bancos.
Bráulio Augusto destacou a importância do FGC na redução do risco de crédito, especialmente para as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME’s), ao fornecer garantias públicas.
“O FGC tem sido um actor incontornável no debate sobre o acesso ao financiamento, e sua evolução está a contribuir para um ecossistema de financiamento cada vez mais robusto e dinâmico”, afirmou o Administrador Executivo do INAPEM.
No quadro da Inovação, Bráulio Augusto comparou o FGC angolano com iniciativas de outros países africanos como Gana e Ruanda, que criaram instrumentos de apoio específicos para sectores-chave, com destaque para a agricultura.
Um dos produtos referenciados pelo Administrador Executivo do INAPEM, na comparação entre o FGC e outras instituições africanas, é o produto LAPS (Linha de Apoio aos Projectos Sustentáveis), gizado pelo Fundo com foco em garantias automáticas.
A importância do FGC como impulsionadora da economia foi, igualmente, uma abordagem partilhada pelo Presidente da Comissão Executiva do BAI, Luís Lélis, que ressaltou que as garantias do FGC não só mitigam os riscos enfrentados pelas empresas como incentivam os bancos a conceder mais crédito à economia real.
Acompanhamento dos projectos
O Administrador Bráulio Augusto abordou, ainda, a necessidade do fortalecimento das parcerias entre o FGC, INAPEM e os bancos comerciais no acompanhamento dos projectos garantidos e financiados.
“O acompanhamento é uma tarefa compartilhada, daí ser fundamental que as visitas às empresas e a avaliação dos projectos sejam feitas de maneira articulada, para maximizar a colecta de dados e evitar o risco de inadimplência”, explicou.
Bráulio Augusto destacou a importância de uma abordagem coordenada entre as instituições, a fim de se evitar que as empresas sejam sobrecarregadas com múltiplas solicitações e para garantir uma visão holística do impacto dos projectos no campo.