O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, reafirmou, esta quinta-feira, 20, em Luanda, o compromisso do Executivo em continuar, cada vez, a impulsionar a produção nacional e a diversificação da economia.

Durante abertura do Ciclo Anual de Conferências, promovido pelo Banco Nacional de Angola (BNA), com o lema “Oportunidades de Financiamento ao Sector Produtivo”, José de Lima Massano destacou que o Governo, no âmbito da adopção de medidas de estímulo, vai reforçar a inclusão de investimentos em infra-estrutura, melhoria do ambiente de negócios e de benefícios fiscais, como a recente redução do IVA para bens de equipamento.

Neste sentido, o ministro de Estado avançou que, nos últimos dois anos, o crédito ao sector privado cresceu a uma taxa média de 28%, totalizando 1,3 mil milhões de kwanzas, com forte influência do crédito concedido pelo Aviso nº 10 do Banco Nacional de Angola, sendo que esse montante representou 67% do total de financiamento destinado ao sector real da economia no primeiro trimestre de 2024.

No evento, em que o Fundo de Garantia de Crédito (FGC) participa com uma comitiva liderada pelo PCA, Luzayadio Simba, o ministro José de Lima Massano referiu que a economia angolana registou um crescimento de 4,4% em 2023, o maior da última década. “Esse avanço foi impulsionado por reformas estruturais e políticas de estímulo, além do suporte de instrumentos de crédito, incluindo o mecanismo de garantias públicas”, disse.

O governante enfatizou a necessidade de se ampliar o investimento privado e o financiamento às cadeias produtivas para manter esse ritmo de crescimento. Ele defendeu a busca por formas complementares ou alternativas de financiamento e citou o sucesso de parcerias no setor de açúcar, em que bancos compartilharam riscos para viabilizar o setor produtivo.

Na abertura da conferência, o Ministro Massano realçou que o Executivo reforçou o mecanismo de garantias públicas, por meio do FGC, com vista a apoiar, especialmente, as pequenas e médias empresas. Além disso, foi ampliada a dotação orçamental para garantias soberanas em projectos de grande porte.

Por conta disso, o Ministro de Estado anunciou que, neste mês de Março, o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) vai ser capitalizado em mais de 100 mil milhões de kwanzas, para continuar a apoiar o sector empresarial.

No turismo, José de Lima Massano ressaltou a necessidade de fundos de capital de risco para expandir e modernizar a rede hoteleira. Daí ter apontado oportunidades ao longo do corredor logístico para centros de distribuição e processamento alimentar.

Tendo em conta essas questões, o governante defendeu um sistema financeiro mais inovador e alinhado às necessidades das empresas, além da valorização da produção nacional e do fortalecimento das cadeias produtivas locais.

“É importante um trabalho conjunto entre Governo, financiadores e empresários para construir uma economia mais dinâmica e resiliente”, rematou José de Lima Massano, que evento que teve dois painéis, sendo que o FGC foi interveniente no segundo sob o tema “Acesso ao Crédito em Angola: visão dos operadores”.