Pelo menos 1/3 (um terço) das garantias emitidas pelo Fundo de Garantia de Crédito (FGC), desde a sua criação, em 2012, beneficiaram o sector da Agricultura, revelou, esta sexta-feira, o Director de Gestão de Garantias de Crédito da instituição.
William Viega falava durante o Fórum Banca e Seguros, organizado pela Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO), com acto presidido pelo Governador do Banco Nacional de Angola, Manuel Tiago Dias.
O Director avançou que o FGC emitiu, até agora, um total de 832 garantias para potenciar empresários, com foco para os do sector produtivo.
Neste momento, disse, o escopo de beneficiários das linhas do FGC é, primeiramente, as micro, pequenas e médias empresas (MPMS).
William Veiga esclareceu que estas empresas devem estar inseridas num dos sectores prioritários, designadamente a Agricultura, Pecuária, Pesca, Indústria Transformadora e Extractiva.
No painel sobre "Financiamento Agrícola como Garantia para o Fortalecimento do Sector Agro-Pecuária em Angola", o responsável disse que o FGC lançou recentemente o Plano de Aceleração de Garantia e Fomento do Crédito, para, entre outras várias iniciativas, dar maior impulso à nova Linha de Apoio a Projectos Sustentáveis (LAPS).
"Há aqui a componente de aceitação automática de pedidos de garantias a partir dos bancos em determinado valor, até 200 milhões de kwanzas", explicou o Director.
Com superintendência do Ministério das Finanças e Coordenação do Ministério da Economia, o FGC trabalha com uma rede de parceiros, entre os quais 18 dos 23 bancos que operam no país.
"Para facilitar a adesão às garantias, o Fundo está a simplificar os critérios para definir quem de facto as merece, como ser do sistema produtivo, com vista a ter a análise de risco normal", destacou, para salientar que nas garantias, que vão ser também uma espécie de crédito por assinatura, não há desembolso, mas uma avaliação exigente a uma análise de risco que os bancos realmente fazem".
O FGC, reiterou, está a levar a cabo um processo de simplificação, em termos documentais e processuais, no sentido de permitir que alguns segmentos que, talvez, se encontrem à margem do sistema financeiro, possam aceder com maior facilidade aos créditos.