O presidente do Conselho de Administração do Fundo de Garantia de Crédito, Luzayadio Simba, assegurou, hoje, 20, em Luanda, a existência de menos burocracia nos dias actuais para a emissão de garantias públicas aos empresários nacionais.
Luzayadio Simba destacou que, entre essas estratégias de facilitação, consta a criação pelo Fundo da LAPS- Linha de Apoio aos Projectos Sustentáveis, que tem como foco a emissão de garantias automáticas a micro e pequenos produtores.
Na conferência da Forbes Agricultura 3.0, o PCA explicou que anteriormente o processo de apoio aos empresários tinha duas fases de análise do risco, sendo uma feita pelo Fundo e outra pela banca comercial, o que resultava num longo período de espera para a obtenção do financiamento e emissão da garantia.
No quadro da LAPS, o FGC rubricou com a banca um portfólio único, o que permite a análise do risco por uma das partes (ou Fundo ou a banca) e aprova-se a garantia e o crédito de até 200 milhões de kwanzas de forma automática.
Neste sentido, para os projectos enquadrados na LAPS, o Fundo assinou memorandos com seis bancos (BPC, Caixa Geral Angola, Yetu, BCA, BCS e Millennium Atlântico), entre os quais há instituições bancárias que o protocolo estabelece um limite de financiamento de até 50 milhões de kwanzas.
Além da LAPS, o Fundo opera outras duas linhas, designadamente a GAP- Garantias para Apoio à Produção, em que se operacionaliza os produtos previstos no Aviso n°10/22 do BNA, e o PDAC - Programa de Desenvolvimento da Agricultura Comercial.
Este último programa, explicou Luzayadio Simba, foi desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Floresta, com apoio do Banco Mundial e da Agência Francesa de Desenvolvimento, e tem como finalidade estimular a transição da agricultura de subsistência para a produção agrícola comercial.
Desde a sua criação, o FGC emitiu garantias a 213 projectos do sector agrícola, avaliados em 69 mil milhões de Kwanzas, o que corresponde a 25% dos projectos garantidos.