O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) reiterou, nesta quinta-feira, em Luanda, a necessidade do surgimento do Seguro Agrícola, por considerar um mecanismo de alargarmento em massa das emissões de garantias públicas, para acesso ao financiamento bancário no sector da agricultura.
A directora para área Comercial do FGC, Márcia José, sublinhou a importância deste mais recente mecanismo de apoio aos agricultores, durante o painel que abordou sobre “Avaliação do Papel das Seguradoras no Crescimento da Actividade Agrícola Empresarial e Familiar”, no Angola Economic Forum - 2024, decorrido de 12 a 14 deste mês.
“O Seguro Agrícola é mais um mecanismo de segurança para todos os intervenientes no processo de financiamento, desde as instituições financiadoras até ao Fundo de Garantia de Crédito, na condição de tomador do risco nas operações creditícias junto dos bancos, numa altura em que os recursos são escassos” disse Márcia José.
A directora do FGC ressaltou, ainda, que este mecanismo vai permitir a diminuição dos níveis de accionamento das garantias pelos bancos, porquanto a produção dos agricultores estará salvaguardada de qualquer sinistralidade resultante de vários factores, desde as alterações climáticas aos fenómenos naturais, o que fará com que os promotores tenham as reembolsos regularizados junto dos seus credores”.
Actualmente, a Viva Seguros, que opera no mercado angolano, desde 2022, iniciou o processo de exploração do Seguro Agrícola, enquanto a ENSA Seguros e a Sanlam têm os seus produtos em fase de registo junto da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).